SELEÇÃO HOLANDESA

KNVB anuncia demissão de Frank de Boer

Frank de Boer

Após quinze jogos e nove meses à frente da seleção holandesa, Frank de Boer é demitido do cargo. Uma longa reunião que começou na manhã desta terça-feira até às 12 horas aqui no Brasil, membros da direção da KNVB (Koninklijke Nederlandse Voetbalbond) ao lado de Frank de Boer conversaram e chegaram em um entendimento que era a hora de interromper o trabalho e ambos seguirem seus caminhos separadamente.

Na segunda-feira, tudo ficou muito quieto em Zeist, mas nesta terça-feira os rumores de uma possível demissão de Frank de Boer foram ganhando força e acabou sendo confirmado.

O contrato de Frank de Boer tinha duração até o final da Copa do Mundo de 2022, mas uma avaliação do trabalho seria realizada ao final da Eurocopa.

“Antecipando a avaliação, decidi não continuar como treinador da seleção. O objetivo não foi alcançado, isso é claro” disse Frank de Boer ao site da KNVB (Koninklijke Nederlandse Voetbalbond).

A pressão só aumentou em cima do seu trabalho após o vexame para a República Tcheca nas oitavas de finais da Eurocopa, disse Frank de Boer.

“Essa situação não é saudável nem para mim e muito menos para a nossa seleção na preparação tão importante que terá pela frente que serão as Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022” completou Frank de Boer.

O ex-zagueiro do Ajax chegou ao comando da seleção holandesa em setembro de 2020, após Ronald Koeman anunciar que deixaria a Holanda para se tornar treinador do FC Barcelona. Ronald Koeman recebeu muitos elogios com o trabalho realizado com a seleção holandesa. Frank de Boer decidiu não continuar o trabalho deixado por Ronald Koeman e quis colocar sua própria cara na seleção o que prejudicou demais a equipe.

Após três partidas na fase de grupos da Eurocopa contra Ucrânia, Áustria e Macedônia, a Holanda conseguiu chegar nas oitavas de finais apresentando um rendimento até interessante, mas com alguns pontos para melhorar. Com isso, as críticas em Frank de Boer foram diminuindo, mas tudo mudou quando a Holanda voltou a apresentar um futebol de baixíssimo nível diante da República Tcheca.

Não foi pelo resultado, mas sim pelo futebol apresentado dentro de campo diante uma seleção que está na posição 40 no ranking da FIFA.

Confira a nota oficial divulgada pela federação holandesa:

Após consultas em Zeist entre Nico-Jan Hoogma, Eric Gudde, Frank de Boer e seu agente Guido Albers esta tarde, foi decidido que ambas as partes se separarão com efeito imediato. Frank de Boer anunciou que não quer continuar, o que também está em linha com o contrato entre as duas partes, que exigia uma vaga nas quartas de final. Esse contrato, portanto, não será renovado.

Frank de Boer: “Antecipando-me à avaliação, decidi não continuar como treinador da seleção nacional. O objetivo não foi alcançado, isso é claro. Quando fui abordado para treinar a seleção em 2020, pensei que era uma honra e um desafio, mas também estava ciente da pressão que viria sobre mim a partir do momento em que fui nomeado, essa pressão só está aumentando agora, e isso não é uma situação saudável para mim, nem para o elenco a caminho da classificação para a Copa do Mundo. Quero agradecer a todos, é claro, aos torcedores e aos jogadores. Meus cumprimentos também à administração, que criou um verdadeiro clima esportivo de ponta aqui no campus.”

Nico-Jan Hoogma: “Apesar de todos os esforços de Frank, o objetivo de pelo menos chegar às quartas de final não foi alcançado. Se isso não tivesse sido alcançado, faríamos uma avaliação, o que possivelmente poderia ter produzido um resultado diferente. Tínhamos apostado numa melhor Eurocopa, mas não deu certo. A escolha de Frank acabou sendo diferente do que esperávamos. Um sucessor deve ser encontrado por mim, após uma boa consulta interna. É necessário fazer isso, porque no dia 1º de setembro jogaremos o importante jogo de classificação contra a Noruega, em Oslo. Agora vamos avaliar mais, de forma mais ampla do que apenas o treinador, aguçar o perfil, fazer o trabalho que se espera de nós aqui.”

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