SELEÇÃO HOLANDESA

Do péssimo começo a um final melancólico

Frank de Boer

Frank de Boer? Foi o melhor nome que conseguiram pensar na KNVB (Koninklijke Nederlandse Voetbalbond) após a saída repentina de Ronald Koeman? Um treinador que comemorou apenas vitórias no Ajax, mas depois fracassou na Internazionale e no Crystal Palace e também não convenceu nos Estados Unidos?

Se você se lembra do “medo” na época que o nome de Frank de Boer foi divulgado como treinador da Holanda, não deve ser surpresa que ele tenha durado apenas nove meses com a seleção holandesa. Ninguém parecia feliz com a escolha da KNVB (Koninklijke Nederlandse Voetbalbond), exceto a associação de futebol e o próprio Frank de Boer.

Um bom começo de trabalho poderia ter diminuído as desconfianças em torno das qualidades de Frank de Boer, mas isso não aconteceu. Na sua estreia, a Holanda recebeu na Johan Cruijff Arena o México e perdeu por 1 a 0.

Depois de um empate igualmente decepcionante contra a Bósnia e Herzegovina, houve um renascimento contra os italianos. Ele resolveu escalar a equipe no 5-3-2, a Holanda conseguiu jogar uma das melhores partidas sob o seu comando. Não, novamente não houve vitória, mas uma tendência de crescimento parecia começar.

Poderíamos dizer que o trabalho de Frank de Boer começava naquele jogo contra a Itália? Mais de oito meses após o empate contra a Itália em 1 a 1, nós podemos concluir que a resposta para essa pergunta é um “não” bem grande.

Em novembro, a Holanda disputou o segundo amistoso sob o comando de Frank de Boer e a quarta partida com ele no banco de reservas. Naquele jogo, Frank de Boer já conseguiria entrar para a história da seleção holandesa quando Davide Massa apitou o final da partida, afinal de contas, ele se tornou o primeiro treinador da Holanda a não conseguir vencer nenhum dos seus primeiros quatro jogos.

Nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022, a Holanda perdeu de forma dolorosa para a Turquia por 4 a 2 em Istanbul. Com isso, a Laranja não pode cometer mais nenhum erro caso queria continuar sonhando com a vaga direta na próxima Copa do Mundo.

A campanha na Eurocopa terminou nas oitavas de finais. A República Tcheca, uma seleção com jogadores de clubes como Bristol City, Hellas Verona e muitos do Slavia Praga, derrotou a Holanda por 2 a 0.

Frank de Boer foi acusado, entre outras coisas, de substituir Donyell Malen quando Matthijs de Ligt foi expulso da partida contra a República Tcheca. Donyell Malen havia sido o atacante mais perigoso da Holanda até aquele momento. E o que deixou ainda mais irritados à todos na Holanda foi que ele tirou o atacante do PSV para colocar Quincy Promes em campo.

“Eu nunca teria tirado Donyell Malen” disse Wesley Sneijder.

“Você coloca Quincy Promes que vi jogar umas quatro boas partidas pelo Ajax, e tira o seu melhor jogador em campo” falou Rafael van der Vaart.

As três vitórias na fase de grupos da Eurocopa fizeram com que todos amenizassem as críticas em cima de Frank de Boer, mas após a derrota para a República Tcheca todos voltaram com ainda mais força contra o treinador. Até porque a Holanda não tinha realmente convencido contra a Ucrânia, Áustria e Macedônia, jogando no 5-3-2, criticado por muitos na Holanda.

Imediatamente após a eliminação, Frank de Boer indicou que iria pensar com calma sobre a sua continuidade no comando técnico da Holanda. A KNVB (Koninklijke Nederlandse Voetbalbond) também começou a pensar.

Já estava previsto que após o final da Eurocopa, haveria uma avaliação do trabalho de Frank de Boer, independentemente do resultado. A KNVB (Koninklijke Nederlandse Voetbalbond) resolveu demitir o treinador antes que o dano ficasse ainda maior, afinal de contas, a vaga direta para a Copa do Mundo ainda é possível para a Holanda, mas não poderá errar nenhuma vez nos próximos três jogos das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022.

Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *