SELEÇÃO HOLANDESA

Cinco conclusões após Holanda e Alemanha

A Holanda abriu o placar na Johan Cruijff ArenA e viu a Alemanha. No segundo tempo, o time de Ronald Koeman empatou com Denzel Dumfries.

Os jogos da UEFA Nations League entre Holanda e Alemanha são garantia de espetáculo. Na Johan Cruijff ArenA, duas equipes procuraram atacar sempre que possível. A Alemanha tomou a iniciativa, mas a seleção holandesa tem pelo menos o mesmo número de oportunidades.

Cinco conclusões depois do empate em 2 a 2 entre Holanda e Alemanha.

1. Jonathan Tah lutou com Brian Brobbey

Embora Ronald Koeman tenha enfatizado que Brian Brobbey não tenha sido testado contra a Alemanha, o centroavante do Ajax fez questão de fazer uma grande partida. Principalmente depois do excelente desempenho de Joshua Zirkzee na partida passada contra a Bósnia E Herzegovina. A resposta de Brian Brobbey foi a altura.

Já no segundo minuto, Brian Brobbey teve um papel importante no primeiro gol de Tijjani Reijnders. Ele segura o zagueiro da Alemanha, Jonathan Tah durante um passe longo direcionado de Bart Verbruggen e salta com o peito na direção de Ryan Gravenberch. Como Cody Gakpo torna o campo longo e largo à esquerda, é criado espaço para Tijjani Reijnders no eixo do campo. O zagueiro esquerdo da Alemanha, avançou completamente em busca de Xavi Simons.

Esse não é o único momento em que Brian Brobbey ganha fisicamente de Jonathan Tah. O defensor do Bayer 04 Leverkusen foi novamente derrota fisicamente aos treze minutos. No ataque que se segue, a Holanda recebe a cobrança de falta, da qual Denzel Dumfries consegue uma oportunidade de finalizar de cabeça livre após um passe certeiro de Xavi Simons.

Aos 24 minutos, a seleção holandesa voltou a parecer ameaçadora depois que Brian Brobbey venceu o duelo contra o defensor da Alemanha. Jonathan Tah puxou o freio de mão após receber o cartão amarelo. Em momentos como esse, o centroavante do Ajax de 22 anos prova que possui armas diferentes das de Joshua Zirkzee. Embora Joshua Zirkzee tenha impressionado com a sua capacidade de triangulação, Brian Brobbey oferece uma saída quando a Alemanha aplica pressão individual ao vencer batalhas físicas contra marcadores.

Após o intervalo, Brian Brobbey voltou a aparecer com uma assistência para Denzel Dumfries.

Brian Brobbey mantém Nico Schlotterbeck afastado com sua proteção e então serve Denzel Dumfries de maneira fácil.

Na hora que o jogo aperta, tanto Joshua Zirkzee quanto Brian Brobbey podem ser valiosos para Ronald Koeman. É por isso que o desempenho de Brian Brobbey é incentivado para o treinador holandês. Ronald Koeman começa a ter boas opções viáveis.

2. Ryan Gravenberch usa as laterais

O melhor momento do primeiro tempo é um passe sensacional de Ryan Gravenberch. Depois de um escanteio desviado da Alemanha, ele encontra um passe para Xavi Simons. Com uma bola apertada, ele encontra o jogador criativo do RB Leipzig. No entanto, Xavi Simons não recompensa este trabalho com um gol.

No início do intervalo, Ryan Gravenberch já havia dado uma assistência para Tijjani Reijnders. Também nesse momento ele mostra suas qualidades de passador e olho de profundidade. Belo detalhe: Ryan Gravenberch espera até que Robert Andrich pise em sua direção, dando a Tijjani Reijnders ainda mais liberdade em sua corrida rumo a meta alemã defendida por Marc-André ter Stegen.

Ryan Gravenberch também tem valor na construção da jogada para o segundo gol da Holanda, desta vez ao pressionar imediatamente ao perder a bola. O jogador do Liverpool faz isso depois de apresentar Quinten Timber no lugar de Jerdy Schouten como meio-campista mais controlador. Ryan Gravenberch também pode deixar a sua marca nessa posição, onde começou recentemente a jogar pelo seu clube.

3. Os extremos não são defensores

Talvez seja a liderança inicial. Talvez seja por causa da capacidade de combinação da Alemanha. De qualquer forma, o fato é que a seleção holandesa passa granded parte do primeiro tempo no seu próprio campo. Lá, a seleção holandesa defende de forma compacta, com forte foco em fechar as linhas de passe para o eixo do campo.

Os holandeses fazem isso inicialmente no 4-4-2, com o meio-campista Tijjani Reijnders ao lado de Brian Brobbey como primeira linha de combate. Ao passar para uma das laterais, a função dos pontas é defender a lateral.

Na situação acima, Cody Gakpo faz isso em comparação com o lateral direito da Alemanha, Joshua Kimmich.

Na situação acima, até mesmo os dois pontas estão recuados, como defensores. Cody Gakpo foi atrás de Joshua Kimmich. Xavi Simons faz o mesmo com o lateral esquerdo a Alemanha, David Raum.

Esta é a imagem espelhada do sistema com três zagueiros descartados por Ronald Koeman. Nessa formação, os pontas geralmente operam ofensivamente como alas. Nesse caso, os pontas são uma espécie de defensores.

A desvantagem deste plano de batalha: os pontas geralmente não são bons defensores.

O segundo gol da Alemanha ilustra este problema.

Com passe cruzado de Robert Andrich, David Raum sai pelas costas de Xavi Simons do outro lado. Enquanto isso, Joshua Kimmich já está vindo atrás de Cody Gakpo. Como substituto de Jurriën Timber, já cobriu Florian Wirtz por dentro, Joshua Kimmich está totalmente livre para marcar o segundo da Alemanha.

Dados os muitos metros que os atacantes da Holanda têm de fazer frente à Alemanha, não é surpreendente que Denzel Dumfries jogue como o peão mais avançado na ponta direita a partir dos 74 minutos, após a entrada de Lutsharel Geertruida no lugar de Xavi Simons. Como a Alemanha tem a bola, os pontas da seleção holandesa têm principalmente de defender.

4. Matthijs de Ligt se atrapalha novamente

Depois do erro de cobertura de Matthijs de Ligt diante da Bósnia E Herzegovina, Ronald Koeman acredita que não deverá dá tanta importância. No entanto, esta falha pressiona o desempenho do jogador do Manchester United diante da Alemanha. Matthijs de Ligt tenta responder tomando iniciativa com a bola, elemento pelo qual recebeu elogios de Ronald Koeman após o jogo contra a Bósnia E Herzegovina.

Só que desta vez, Matthijs de Ligt dá a bola ao fazer o passe errado na hora errada.

Com sua linguagem corporal, Matthijs de Ligt revela um pouco cedo que planejava tocar para Xavi Simons. Jamal Musiala lê bem a situação e intercepta o passe que se segue. Pouco depois, Deniz Undav marcou o empate.

Esse erro é ainda mais desajeitado, pois este é um dos dois passes errados de Matthijs de Ligt nesta partida. Todos os cinco passes longos chegam a um companheiro de equipe. Porém, o foco não será nisso devido ao erro decisivo.

Após o intervalo, Matthijs de Ligt não volta ao time. Jan Paul van Hecke é acionado para atuar ao lado de Virgil van Dijk.

5. Não faltam opções para a defesa

Após a saída de Nathan Aké, fica mais uma vez claro o quanto a Holanda tem grandes defensores. O lateral esquerdo do Manchester City é trocado sem esforço pelo lateral do Arsenal, Jurriën Timber. Isso acontece durante uma partida em que Ronald Koeman já não contava com Micky van de Ven. O velocista do Tottenham também é um defensor para o futuro da Holanda. Lutsharel Geertruida é alguém da direita na defesa que foi recentemente contratado pelo RB Leipzig. Julian Nagelsmann provavelmente está com ciúmes de tantas opções na defesa que Ronald Koeman possui.

Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *