SELEÇÃO HOLANDESA

DUELO TÁTICO! FC Twente vs Feyenoord

Ron Jans e Arne Slot

O divertido jogo entre FC Twente e Feyenoord, terminou sem um vencedor. A análise tática deste duelo com foco em encontrar o que cada equipe fez para anular a outra durante os noventa minutos.

Os treinadores concordaram antes da partida que o estilo de jogo do FC Twente e Feyenoord são semelhantes. No De Grolsch Veste, casa do FC Twente, as duas equipes da Eredivisie que mais vezes ganharam a bola no terço mais ofensivo do campo se enfrentaram. Ron Jans e Arne Slot gostam de pressionar o adversário desde a defesa.

Até a forma como FC Twente e Feyenoord exercem essa pressão, é bem semelhante.

Tanto o FC Twente como o Feyenoord jogam no 4-2-3-1, com um número 10. A parti dessa estrutura, as duas equipes procuram proteger o meio de campo, ao mesmo tempo que procuram pressionar para frente. Isso acontece por meio de um fenômeno que inglês é chamado de cover shadow.

Traduzindo para o português, significa sombra de cobertura. Os jogadores usam sua sombra para caçar. Colocando pressão de um adversário em outro adversário.

Na situação acima, esse movimento pode ser visto no Feyenoord. Quando Mees Hilgers recebe a bola na defesa, tanto Sebastian Szymański quanto Javairô Dilrosun estão prontos para aplicar pressão. Javairô Dilrosun corre na diagonal de Joshua Brenet, lateral direito do FC Twente. Sebastian Szymański faz o mesmo com Ramiz Zerrouki. Atrás deles, Mats Wieffer apoia esse movimento de Sebastian Szymański e Javairô Dilrosun ao se posicionar na frente de Michel Vlap.

Este trio do Feyenoord faz o mesmo ao soltar o adversário direto, sabendo que ele terá que arriscar um passe direto.

O FC Twente usa princípios semelhantes ao perseguir metade do Feyenoord. Especialmente os pontas, Vaclav Černý e Virgil Misidjan estão constantemente tentando fazer isso.

Na situação acima, é Virgil Misidjan quem pressiona Marcus Pedersen e consequentemente Lutsharel Geertruida é pressionado.

Os adversários têm dificuldades de sair dessa situação, pois o homem livre não está disponível para receber a bola. Sair desse cenário requer uma habilidade que Marcelo Bielsa considera uma habilidade menos desenvolvida nos atletas do futebol moderno.

“Esse é o futuro do futebol. Você precisa se desmarcar dessa pressão, para que seu companheiro consiga receber a bola. Todos estão livres para oferecer uma solução para o jogador que vai receber o passe”

Este princípio tático é um ponto de atenção no Feyenoord. Em seus primeiros meses no sul de Roterdã, Arne Slot observa que esta parte quase não foi desenvolvida.

Na jogada para o primeiro gol, o Stadionclub mostrou progresso nessa área. Orkun Kökçü, Sebastian Szymański e Santiago Giménez mostram um exemplo clássico de uma boa comunicação com o terceiro homem da jogada.

O passe para o gol é de Orkun Kökçü, que reconhece a necessidade de atacar o espaço quando Sebastian Szymański toca para Santiago Giménez. O centroavante mexicano devolve aciona Orkun Kökçü no ponto futuro. O meio-campista turco cruza na cabeça de Santiago Giménez para colocar os Feyenoorders em vantagem.

Acima, poderemos ver o início da jogada do terceiro gol. Ramiz Zerrouki lançou a bola para Virgil Misidjan. O atacante dominou e tocou para Gijs Smal. O lateral viu a movimentação de Michal Sadílek e acionou o tcheco. O Feyenoord cometeu dois erros cruciais para esse gol do FC Twente acontecer e foram esses erros que os Tukkers aproveitaram para empatar a partida.

Orkun Kökçü estava marcando Michal Sadílek, mas o camisa 10 recuou e deixou o volante tcheco livre. Ele se atacou o espaço na esquerda e recebeu a bola de Gijs Smal. Na sequência, Quilindschy Hartman apenas olhou para a bola e deixou Joshua Brenet se movimentar livre nas suas costas. O experiente lateral conseguiu se antecipar a marcação de Quilindschy Hartman para finalizar de cabeça.

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