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Michael Silberbauer espera levar o FC Utrecht a uma competição europeia

Michael Silberbauer

O FC Utrecht surpreendeu esta semana com a nomeação de Michael Silberbauer como novo treinador da equipe principal. Após seu segundo dia de treinamentos com o FC Utrecht, a imprensa holandesa conversou com o novo comandante dos Utregs.

“As perguntas podem ser em holandês” começa dizendo Michael Silberbauer logo após a sessão de treinos pela manhã do FC Utrecht.

“Eu prefiro dar as respostas em inglês”

O dinamarquês de 41 anos diz que terá aulas de holandês. Já se passaram onze anos desde que ele jogou em Utrecht. A linguagem ficou enferrujada. Está em sua lista de tarefas para as próximas semanas, aprimorar o holandês.

No início desta semana, Michael Silberbauer ainda era assistente técnico do FC Midtjylland e agora é o treinador principal do FC Utrecht. Após seu segunda dia de trabalho, ele encontrou um tempo para relembrar a semana bastante especial pela primeira vez.

Como é estar de volta?

“Isso é muito bom. É realmente como voltar para casa para mim. Esta é a minha segunda casa. Como jogador, o FC Utrecht foi minha primeira experiência fora da Dinamarca. Eu imediatamente me senti em casa”

Na última temporada, você foi assistente de Rick Kruys aqui no FC Utrecht por alguns meses. Você saiu sem dizer adeus.

“Eu já tinha assinado contrato com o FC Midtjylland. Não havia a possibilidade de ficar mais tempo. Sempre esteve em minha mente voltar aqui. Mas no futebol as coisas podem acontecer rapidamente. Não planejei voltar agora”

Você conheceu os recentes acontecimentos em torno do seu antecessor, Henk Fraser?

“Não, na verdade eu não acompanhei. Estaria mentindo se eu falasse que estava acompanhando o FC Utrecht. Eu sempre acompanhava os resultados, também vi alguns jogos da Eredivisie. Mas estávamos muito ocupados com a nossa própria equipe na Dinamarca. A cada três ou quatro dias nós tínhamos um jogo na Dinamarca”

Você recebeu uma ligação de repente do FC Utrecht oferecendo uma oportunidade?

“Jordy Zuidam entrou em contato comigo sobre a vaga. Naturalmente, eles tinham uma longa lista de nomes. Eu sabia que era um candidato. Eu recebi a ligação perguntando se eu teria interesse de explicar minha visão sobre o futebol e partimos daí”

O que você falou?

“Minhas ideias de futebol. Como penso o futebol de forma ofensiva e defensiva. Mas também quais valores são importantes para mim. Basicamente, como me sinto em relação ao futebol como treinador”

Qual a maneira de trabalhar de Michael Silberbauer?

“Quero ver um time apaixonado, um time que joga com energia. Isso também se aplica a este clube. Não é coincidência que eu também tenha feito isso. Você tem que trabalhar duro, essa é a base. Espero isso de mim e da minha comissão técnica, mas principalmente dos jogadores”

Em torno do trabalho de Henk Fraser, exista uma reclamação sobre o desempenho do time. Em certos jogos, o time conseguia vencer, mas não conseguia convencer. Isso mudará com você?

“Nós temos os nossos valores, os princípios básicos. Também temos uma ideia de como queremos jogar futebol ofensivo. Claro, queremos atacar e marcar gols. Mas isso é o que todo treinador quer. É um dos objetivos jogar um futebol mais divertido. Mas tudo começa com a sua base. Como vocês se posicionam como equipe, como desejam jogar”

Você já viu alguns jogos do FC Utrecht?

“Eu assistir os últimos amistosos e os últimos jogos da Eredivisie. O que eu vi? Uma equipe com muitos jogadores de altíssima qualidade. Também não foi nada mal. Aposto numa evolução, não numa revolução. É com esse pensamento que eu chego”

No início desta temporada, o FC Utrecht jogou com cinco defensores. Você quer mudar isso?

“Seria bom ter a opção de voltar para cinco defensores, mas não é o meu padrão de jogo. Em princípio, jogaremos com uma linha de quatro jogadores na defesa”

Sua apresentação foi principalmente sobre os passos que você deu após sua carreira como jogador de futebol. Como se você estivesse em busca de aprendizado sobre o futebol.

“Eu fui treinador em uma equipe que infelizmente faliu. Aí você tem que procurar outro clube. Mas escolhi ir para o Lucerna para trabalhar com alguns treinadores. No Canadá, tive a chance de construir algo novo. O Pacific FC era um clube completamente novo e também foi uma escolha voltar para as categorias de base do FC Midtjylland. Queríamos experimentar certos estilos de ataque. Isso vai melhor na juventude do que em um time principal”

Teve sucesso?

“Nós conquistamos os títulos. Então acho que tivemos sucesso sim”

Como jogador de futebol, você ficou conhecido como um atleta que era a extensão do treinador dentro de campo. Você era um jogador completamente estrategista. O que você aprendeu depois da sua carreira de jogador?

“A primeira coisa que temos que aceitar quando nos aposentamos da carreira de jogador é que temos que aprender tudo de novo. Ou ainda melhor, precisa aprender coisas novas. Você não é mais um especialista. Certamente também existem treinadores que desistem e imediatamente se tornam treinadores de sucesso, sem dúvida. Mass a maioria ainda tem muito a aprender. Eu tive que aprender muito. Taticamente eu era bom, mas como jogador você se preocupa principalmente consigo mesmo, com as pessoas ao seu redor. Como treinador, todos estão de olho em você. Você tem que ser capaz de convencer a todos”

A pressão de repente começará a cair sobre você.

“Eu gosto de pressão. Não tem problema. A pressão faz parte deste jogo. Você tem que ser capaz de lidar com isso”

Você sabe que a pressão no FC Utrecht é grande. Se você perder três ou quatro jogos, sua vida poderá se tornar um inferno de pressão.

“É assim que funciona. Tenho grandes ambições e o clube também, assim como os torcedores. Tudo o que sei é que vou fazer tudo o que puder para tirar o máximo de cada jogador”

Você trabalhou no FC Midtjylland, onde os dados são muito importantes. Isso faz de você um treinador que gosta de dados?

“Eu realmente trabalhei em um clube onde os dados são extremamente importantes. Mas os dados em si nunca são o objetivo. Os dados nos dão suporte para tomarmos as melhores decisões. Você precisa saber como usar aquelas informações. Nós tínhamos a informação de quanto cada jogador correu em campo. Mas o que fazer com essa informação?”

Qual o objetivo com o FC Utrecht?

“Como eu disse, o clube é ambicioso. Queremos terminar entre os seis primeiros e conquistar uma vaga ou na Liga Europa ou na Conference League. Mas não devemos ir muito rápido. Passo a passo vamos conquistar nossos objetivos. O fato é que trabalhamos muito juntos. A primeira partida da competição já será na próxima semana”

Você jogou junto com Mark van der Maarel e Mike van der Hoorn. Não será estranho eles lhe chamando de treinador?

“Não, me chamando apenas de Michael está muito bom”

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