SELEÇÃO HOLANDESA

John de Jong abre o jogo sobre sua saída do PSV: “Fui traído”

John de Jong - 01

A saída de John de Jong do PSV Eindhoven foi um dos acontecimentos mais marcantes desta temporada. O ex-diretor de futebol saiu do clube depois que o conselho fiscal perdeu a confiança em seu trabalho. Pela primeira vez, John de Jong conversa com a imprensa holandesa para contar a sua versão da história.

Como você está?

“Bem. Os últimos meses foram tranquilos para mim, bem diferente do que estou acostumado. Mas eu me dediquei a alguns assuntos na minha vida em que se eu estivesse trabalhando, dificilmente teria tempo. Eu procurei conversar com pessoas do mundo do futebol nos últimos meses. Sempre estou me atualizando. Também estiver em Manchester, visitando o City e o United”

Por qual motivo você quer contar a versão da sua história agora?

“Muitos meios de comunicação me abordaram imediatamente após minha saída do PSV. Eu só queria falar sobre esse tema quando as coisas estivessem mais calmas e principalmente o PSV não estive jogos. Além disso, está entrevista deverá marcar o fim de um período muito bom de 22 anos no PSV. Também vi e li muito sobre minha saída, chegou a hora de falar o meu lado da história e tudo que vivi”

Vamos para a última semana de transferência e na semana seguinte, quando o conselho fiscal perdeu a confiança em seu trabalho.

“No início da janela de transferências, conseguimos resolver situações de jogadores como Bruma, Timo Baumgartl, Maximiliano Romero, Ritsu Doan e Mario Götze. Eu recebi muitos elogios por isso, ainda mais porque os salários e as depreciações desses jogadores, estavam prejudicando o clube. Depois trouxemos Walter Benítez, Xavi Simons, Luuk de Jong e Guus Til. Bons jogadores e com um custo baixíssimo para o clube. Todos ficaram muito satisfeitos com essas movimentações que fizemos. E a saída de Cody Gakpo para o Manchester United parecia estar em andamento. Eu realmente queria mantê-lo conosco, mas também sabíamos que tínhamos que deixá-lo sair, caso a proposta com os valores que entendíamos ser o ideal para ele, chegasse na nossa mesa. No dia 16 de agosto, enfrentamos o Rangers FC na Escócia e empatamos por 2 a 2. No dia seguinte, recebi uma ligação e me disseram que o Manchester United queria avançar nas negociações por Cody Gakpo. Indicamos o que queríamos para liberar Cody Gakpo. Nós ainda precisávamos de Cody Gakpo para o jogo da volta contra o Rangers FC, na semana seguinte. Em seguida, perdemos para o Rangers FC em casa e o Manchester United foi atrás de Antony do Ajax. Não chegamos à Liga dos Campeões. Aos olhos de todos, perdemos o dinheiro que entraria caso conseguíssemos uma vaga na fase de grupos da Liga dos Campeões e também de uma possível venda de Cody Gakpo”

Você poderia ter vendido Cody Gakpo para outros clubes?

“Na terça-feira, antes do jogo contra o FC Volendam, um dia antes do final da janela de transferências, o Southampton FC entrou em contato de forma oficial para contratar Cody Gakpo. Leeds United entrou na disputa. Nós estávamos no estádio com toda a direção do clube, juntamente com membros do conselho, Robert van der Wallen e Ton van Veen. Nós tínhamos uma situação difícil pela frente. O Southampton FC queria pagar 32 milhões de euros por Cody Gakpo, com uma série de bônus que dificilmente seria realizado. Nós tivemos um bom debate e cada um colocou sua opinião”

O que você disse naquele dia?

“Que nós precisávamos pensar nas ambições esportivas do clube. Achei e acredito que o PSV tem um elenco muito bom com o qual temos condições de conquistar títulos ao longo da atual temporada. Com Cody Gakpo, essa chance é ainda maior. Também pensei que não deveríamos vender abaixo do valor de mercado. Ele vale muito mais do que 32 milhões de euros. Além disso, eu não queria deixar Cody Gakpo ir porque não teríamos margem de negociação faltando menos de 24 horas para o final da janela. Ainda tínhamos perdido Noni Madueke e Luuk de Jong por lesão e ficariam sem condições de jogo por alguns meses. Se tivéssemos vendido Cody Gakpo, estaríamos passando uma mensagem de que abandonaríamos as disputas por título na atual temporada. E eu como diretor de futebol, também preciso pensar nas nossas metas dentro de campo, afinal de contas, sou cobrado por isso também. Eu pensei que deveríamos assumir os riscos financeiros”

Como os outros diretores e membros do conselho fiscal reagiram a essa decisão?

“No final, a administração pensou o mesmo que eu. Mas especialmente Ton van Veen, o financeiro do conselho de supervisão, insistiu na venda. Ele agora queria a segurança financeira de uma vantagem no ano financeiro atual. Na minha opinião, ele não queria ser responsabilizado por nenhum número negativo”

Como você saiu?

“Nós nos encontramos tarde da noite. Naquela mesma noite, um agente ligou dizendo que o Chelsea queria contratar Ibrahim Sangaré. Todo mundo sabe a atenção que iss ganha. O Chelsea queria pagar uma quantia considerável, mas no final isso não aconteceu. Parte do conselho de supervisão insistiu que tínhamos que vendar algum jogador. Prontamente, eu discordei disso”

Não quis assumir uma responsabilidade por uma venda do Cody Gakpo abaixo do seu valor de mercado, dadas as ambições desportivas do PSV?

“Isso mesmo e foi o que eu disse a Ton van Veen. Eu disse que não era responsável por isso. Se quiser, você mesmo pode ficar na frente da imprensa e explicar por qual motivo vendemos Cody Gakpo por 32 milhões de euros. Na hora que falei isso, ele não me respondeu. Mas eu não poderia concordar com essa venda. Isso não seria certo nem para o clube, nem para Ruud van Nistelrooij, nem para os torcedores e principalmente para mim. Eu defendo esta decisão. Ainda acho que fiz a coisa certa. No final, eu fiquei sozinho nessa discursão”

Como foi dado o seu último dia?

“Nesse último dia para nós, o Leeds United também quis entrar sério na negociação. Eles queriam vir e fizeram uma oferta de 30 milhões de euros com 13 milhões de bônus que também era muito complicado de Cody Gakpo atingir. Mas já tínhamos tomado nossa decisão. Mas Victor Orta, diretor de futebol do Leeds United, insistiu em vir e Cody Gakpo estava disposto a escutar o dirigente. Ele marcou três gols contra o FC Volendam e jogou de forma fantástica. Não aconteceu muita coisa conosco naquela noite. Marcel Brands achou que deveríamos esperar por Victor Orta. Ele disse que estávamos tomando a decisão de manter Cody Gakpo como equipe, e que como equipe, iríamos esperar Victor Orta. Ele estava certo, Victor Orta trouxe sua proposta, mas não foi suficiente para mudar nossa posição. Nós ficamos felizes por termos permanecido juntos como uma equipe”

O que aconteceu depois?

“Um dia depois, Marcel Brands chegou. Ele havia falado com o conselho fiscal e eles realmente queriam que renegociássemos a venda de Cody Gakpo, pois ainda havia tempo”

O que foi dito lá?

“Marcel Brands disse que o Conselho Fiscal havia perdido a confiança em meu trabalho. Eu questionei Brands, pois nós tomamos uma decisão em conjunto e a não venda de Cody Gakpo caiu sob minha responsabilidade. Marcel Brands também me disse que caso Cody Gakpo tivesse sido vendido, dificilmente eu teria sido demitido”

Então a não venda de Cody Gakpo foi essencial para sua saída?

“Sim. Se eu tivesse vendido Cody Gakpo, ainda estaria no PSV”

Como você reagiu a essa situação?

“Fiquei tranquilo. Marcel Brands aparentemente já havia informado os outros dois membros do conselho no dia anterior. Achei bem estranho, mas tudo bem. Fui para casa, deixei as coisas se acalmarem. Em 8 de setembro, dia do jogo contra o FK Bodø/Glimt, apareci de surpresa no escritório. Chamei os conselheiros para uma conversa e perguntei a todos se não teríamos tomado a decisão de ficar com Cody Gakpo, em conjunto. Todos responderam que sim. Em seguida, perguntei se eles não achavam estranho eu ter levado toda a responsabilidade e ter sido demitido. Ninguém falou nada. Essa era a resposta que eu queria. Fui para casa depois disso”

Se vocês tomaram as decisões em conjunto, o conselho fiscal não deveria perder a confiança em todos?

“Exatamente. Eu penso dessa forma. Isso também é muito triste para mim. Assisti ao jogo naquela noite e um dia depois fui para Ibiza. Aí eu já sabia que ali estava encerrado meu ciclo no PSV e não retornaria mais”

Por qual não?

“Porque não posso trabalhar com um conselho fiscal que supostamente perde a confiança em meu trabalho”

Marcel Brands negociou com o conselho fiscal a possibilidade de você retornar. Mas por que você não quis?

“Acredito sinceramente que Marcel Brands queria continuar trabalhando com e que achava que eu poderia continuar depois de uma reunião com eles. Mas foi muito ruim a forma como as coisas aconteceram. Eu me senti traído por todos do conselho”

Marcel Brads disse ao conselho de supervisão que não iria lhe demitir.

“Sim, mas a gestão não iria permitir que eu continuasse. Aliás, está não foi uma decisão apenas do conselho fiscal, órgão máximo do PSV. Após o dia do prazo, eles se reuniram por cinco dias e puderam pensar sobre isso com muito cuidado. Para mim, isso parece uma ação consciente para se livrar de alguém. Porque, sejamos honestos, toda a confiança se foi depois de cinco dias. Essa decisão me atingiu com força. Especialmente para mim, que entreguei tudo que eu tinha para esse clube”

Você ficou com raiva?

“Não, isso não. Mas eu fiquei decepcionado. Eu tinha um objetivo e queria finalizá-lo e pensei que estávamos caminhando todos juntos, no caminho certo. Nós ganhámos prêmios e houve uma tendência de crescimento em tudo. Eu tive a sensação de que havíamos nos aproximado novamente do Ajax”

Havia apenas uma opção para você?

“Sim. Perguntei a Marcel Brands o que ele faria na minha situação como diretor técnico. Marcel Brands disse que sairia se o conselho fiscal perdesse a confiança nele. Eu disse que vou fazer o mesmo e pedi para ele resolver direitinho com o conselho fiscal. Isso aconteceu. Ele tentou mudar minha postura”

A notícia vazou na tarde desta sexta-feira. Na manhã deste sábado, um dia antes do duelo com o Feyenoord, Marcel Brands já havia explicado a imprensa. Lá ele disse que não vender Cody Gakpo não era um motivo para perder a confiança em seu trabalho. Ele também disse que todos, inclusive os membros do conselho fiscal, ficaram satisfeitos com as vendas e contratações do clube no começo da temporada. O conselho disse que já fazia algum tempo que vinha insatisfeito com o trabalho de John de Jong, mas nunca tinha lhe comunicado isso. Como você recebeu isso?

“Foi difícil para mim escutar tudo. Acho que pensei e senti o mesmo que todos que ouviram e assistiram: isso não está certo. Isso é o que eu continuo recebendo das pessoas. Fiquei surpreso com Marcel Brands dando entrevista na ESPN. Disseram-me que o clube não faria mais nada sobre o assunto, pois era muito difícil para eles conseguir explicar”

Por que você acha que Marcel Brands não está dizendo a verdade?

“Não sei, você teria que perguntar isso para ele. Claro que ele ainda tem que continuar trabalhando com esse conselho fiscal. Também não consigo explicar suas palavras. Mas a história dele não parece certa e no final, realmente não é”

O conselho fiscal já lhe informou alguma vez que estava insatisfeito com seu trabalho?

“Não. Em março de 2021, fiz uma entrevista de avaliação com o conselho fiscal. Tudo foi colocado na mesa. O que eu precisava melhorar, o que eu vinha fazendo bem. Nós conversamos sobre duas a três contratações que fiz e não deu resultado. Também me questionaram sobre os meus planos e visões para o futuro do PSV. O conselho fiscal ficou satisfeito e em 4 de maio meu contrato foi renovado. Depois de 1ª de julho de 2021, vendemos mais de 50 milhões de euros em jogadores e ganhamos a SuperCopa da Holanda. Nós perdemos por pouca uma vaga na UEFA Champions League. Conseguimos a classificação para o mata-mata da UEFA Europa League e ganhamos a Copa da Holanda contra o Ajax. Nós ficamos apenas dois pontos atrás do Ajax na Eredivisie. Nesse período, foi anunciado que Marcel Brands retornaria ao clube e Toon deixaria”

É verdade que Toon Gerbrands pediu a você para estender seu contrato novamente nas semanas após a vitória da Copa da Holanda. Isso para alinhar seu compromisso com o de Marcel Brands?

“Sim, está certo e Toon Gerbrands fez isso a pedido do conselho fiscal. Não entrei nesse assunto na época, porque primeiro queria ver como seria trabalhar ao lado de Marcel Brands”

Alguns meses depois desse pedido, eles perdem a confiança. E isso depois que você começou a temporada trazendo bons jogadores para o clube.

“Isso mesmo, já tínhamos começado em abril com Marcel Brands, Ruud van Nistelrooij, Fred Rutten, Jan Vennegoor e eu. Em junho, Van der Wallen chamou Marcel Brands, Ruud van Nistelrooij e eu de seu time dos sonhos. Ainda sem insatisfação. Lógico, porque se não você não vai deixar alguém fazer a janela de transferências mais importante da temporada. Fiz 25 acordos na janela. Conseguimos trazer jogadores que todos ficaram muito felizes. Mantivemos Cody Gakpo e Ibrahim Sangaré, deixando nosso elenco ainda mais forte. O resultado é que se perde a confiança na pessoa responsável por isso”

Você disse que foi uma batalha de egos.

“Sim, é assim que eu me sinto e vejo. O que mais devo fazer? Não chegamos UEFA Champions League, que custou milhões. Ton van Veen não quer ser responsável por nenhum valor vermelho neste ano financeiro e queria vender Cody Gakpo”

O conselho fiscal foi unânime em sua opinião?

“Não, eu sei de alguns diretores de supervisão que eles pensaram de forma diferente do que saiu. Eles têm que responder por si mesmos que não se fizeram ouvir mais”

Você culpa os executivos?

“Não. Mas poderiam ter feito o correto. Afirmado que essa decisão de não vender Cody Gakpo, foi uma decisão tomada em conjunto. Eles não fizeram isso. Nós teríamos a Copa do Mundo que nos ajudaria a trabalhar muito melhor esse time e a primeira temporada de Ruud van Nistelrooij como treinador da equipe principal. Reforço minha ideia de batalha de ego”

Ruud van Nistelrooij também não gostou nada da sua partida. Questionado sobre quem é o verdadeiro responsável pelo PSV, ele disse: “Isso parece-me claro”. Como você olhou para isso?

“Essa foi uma declaração clara e dura de Ruud van Nistelrooij neste caso. Não preciso acrescentar nada a isso”

Na sua declaração, Marcel Brands referiu-se, entre outras coisas, à sua falta de liderança, que foi apresentada pelo conselho fiscal.

“Todo mundo tem sua própria liderança. Você pode ser o macaco na pedra ou pode ser o conector. Em ambos os casos, o local de trabalho reflete como as pessoas se sentem e como é o seu desempenho. Eles foram e são bons. Pode, não, deve ter até críticas e podem sugerir melhorias. Mas em que o conselho fiscal os baseia? As pessoas que tenho sob meu comando não falaram com eles. Quase todo mundo está satisfeito com a forma como lidamos com as coisas. Esse é o feedback que recebi da maioria. É por isso que a decisão do conselho fiscal me afetou tanto. Você começa a pensar sobre isso: com o que eles ficaram tão insatisfeitos? Eles não disseram nada para mim. Simplesmente não está certo e esse é o sentimento que prevalece comigo”

O conselho de supervisão passou pela poeira com a administração.

“Eles não achavam que iria explodir na cara deles assim. Mas isso é o futebol. O mundo do futebol analisa a quanto tempo um profissional está no clube e o que ele fez durante esse período. Eu trabalhei durante 22 anos no PSV e em diversas funções dentro do clube. Eu acho que dei uma contribuição relevante para o clube”

Alguns dos torcedores não se importam com a sua saída. A crítica deles é principalmente que você não foi campeão com o PSV nos últimos quatro anos e só chegar à UEFA Champions League uma vez. Será que o conselho fiscal também tem isso em mente?

“Isso pode ser uma justificativa muito boa para eu ser demitido, mas fale a verdade, não invente histórias. E também entendo as críticas dos torcedores. Porque também não acho bom não termos conseguido o tótulo da Eredivisie. Não ficou mais fácil já que o Ajax também vem investindo pesado desde 2018. A diferença financeira aumentou bastante. Falo sério quando digo que o PSV pode disputar o título da Eredivisie todas as temporadas. Infelizmente, nesses quatro anuns nunca conseguimos conquistar. O último ano de Roger Schmidt quase foi um sucesso. Ele é apenas um bom treinador e acho que é ótimo para ele estar tão bem com o Benfica”

Outra crítica foi que você deixou esses treinadores no comando do PSV mais tempo do que deveria.

“Eu tenho que discordar disso. No PSV, o diretor trabalha sempre em conjunto com o treinador. Tem que ser dessa forma, pois ele está em campo com os jogadores todos os dias. Eu consigo juntar jogadores com o scouting, mas se o treinador não quiser e não alinhar, isso não funciona. Também trabalhei bem com Ruud van Nistelrooij nessa área, temos bons jogadores”

Cody Gakpo está se saindo muito bem nesta temporada no PSV e fez uma belíssima Copa do Mundo. O valor dele aumentará consideravelmente. Você acha que os conselheiros estão felizes por você não ter vendido no começo da temporada?

“Não, acho que não. Em primeiro lugar, estou muito feliz por Cody Gakpo e pelo PSV. Como ele se desenvolveu, foi exatamente como imaginamos. É por isso que trabalhei tanto para manter Cody Gakpo e não deixá-lo ir embora por um valor tão baixo. Espero que ele consiga encher os confres do PSV depois dessa temporada”

Como seu ambiente realmente reagiu quando você saiu?

“Meu telefone explodiu de ligações. Eu recebi tantas mensagens de apoio de dentro do PSV e de fora do clube. Realmente, não é normal. Demorei dias para responder todos. Muitas pessoas não entenderam a decisão do Conselho Fiscal. Todas as reações calorosas me fizeram muito bem”

Você conta sua história em silêncio e não guarda rancor do PSV, mesmo deixando o clube da forma que deixou. Como você faz isso?

“Meu amor pelo PSV não desapareceu de repente porque deixou o clube. Na verdade, ainda ocasionalmente venho a De Herdgang para tomar uma xícara de café, vou ver os jovens e também fui a uma partida no estádio. Posso olhar todos nos olhos e o PSV continuará a ser meu clube. Esta é uma conclusão provisória de um período maravilhoso’em que pude me desenvolver no PSV e crescer como pessoa. Passei metade da minha vida no PSV, construí uma grande carreira e devo muito ao clube. Não guardo rancor de jeito nenhum”

O que você fará agora?

“Vou ficar no futebol mesmo. É onde tenho meu conhecimento, rede, experiência e expertise. A única questão é o que vou fazer e por onde vou começar. Fiz análises da Copa do Mundo e também fui procurado por vários clubes do exterior”

E o PSV?

“A base aqui no De Herdgang é muito boa. A base é tão forte. Tudo está de pé. O PSV sempre será um dos principais clubes da Holanda. Agora existe um elenco que simplesmente concorre ao título. Vamos torcer para Ruud van Nistelrooij, sua equipe e seus jogadores consigam tornar o clube campeão novamente”

Caso o PSV conquiste o título, será uma conquista sua também?

“Não, acho que não é assim. Se for uma temporada de sucesso, ficarei muito orgulhoso de qualquer maneira”

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