SELEÇÃO HOLANDESA

Por qual motivo o Feyenoord quer contratar Tsuyoshi Watanabe?

Tsuyoshi Watanabe

O nome de Tsuyoshi Watanabe voltou forte ao radar do Feyenoord. E não é por acaso.

O zagueiro japonês de 28 anos foi titular no amistoso entre KAA Gent e Feyenoord no último sábado, em Roterdã. Atuando como lateral-esquerdo, Watanabe chamou atenção pelo comando defensivo, presença tática e leitura de jogo. A atuação, inclusive, acelerou o interesse do clube holandês, que agora está disposto a pagar pela sua contratação.

Essa não é a primeira vez que Watanabe é cobiçado por clubes da Europa. Na temporada passada, o Bologna chegou a negociar sua contratação por cerca de 10 milhões de euros, mas desistiu de última hora. A justificativa? Apesar da confiança no futebol do japonês, a idade pesou: os italianos não viam um retorno de investimento suficiente em um jogador de 27 anos.

O Feyenoord enxerga de forma diferente. O clube sabe que Watanabe não é uma aposta de revenda, mas sim uma peça imediata, pronta para jogar. E, nesse momento, é disso que o técnico Robin van Persie mais precisa.

Com Hancko a caminho do Al-Nassr, e Beelen, Trauner, Jeyland Mitchell e Tsoungui no departamento médico, o único zagueiro disponível hoje é Jan Plug. A urgência é total.

Por isso, Watanabe, que pode atuar pela esquerda, surge como uma solução para agora — até porque o mercado de bons zagueiros canhotos está caro e escasso. Sua chegada dá tempo ao clube para encontrar outro nome para a lateral, além de cobrir as ausências no miolo da zaga.

O histórico do jogador só reforça a confiança. Em sua primeira temporada completa na Bélgica (2022/23), Watanabe não perdeu um único minuto com a camisa do KV Kortrijk. Em 2024, chegou da seleção japonesa às 14h e estava em campo às 18h contra o Gent. Exemplo de entrega e preparo físico.

Outra marca de sua carreira: a liderança. Foi capitão do FC Tokyo, da seleção olímpica do Japão e, atualmente, do Gent, sempre ganhando respeito pela postura e pelas orientações práticas em campo — sem gritaria, mas com firmeza.

Com bola nos pés, Watanabe mantém o jogo simples: passes curtos, inversões seguras e lançamentos nas costas da zaga adversária quando necessário. Na defesa, atua como um verdadeiro líbero. Rápido, inteligente e difícil de ser batido, principalmente em coberturas longas. Se tem um ponto a melhorar, talvez seja o espaço que, às vezes, dá aos atacantes antes de intervir.

A diretoria do Feyenoord sabe que ele não é um defensor brilhante em estilo, mas é sólido, maduro e pronto. E, com os playoffs da Champions League pela frente, isso pode fazer toda a diferença.

No ano passado, Hwang In-beom chegou tarde, mas mudou o jogo. O investimento de €7 milhões foi rapidamente compensado pela contribuição em campo. Com Watanabe, o raciocínio é parecido: se ele entregar o que sabe e ajudar o time a alcançar a fase de grupos da Liga dos Campeões, o retorno virá — talvez não na revenda, mas nos resultados.

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