SELEÇÃO HOLANDESA

Cinco conclusões depois de Holanda e Turquia

#NEDTUR 1

Depois de uma mudança no intervalo, a Holanda chegou às semifinais da Eurocopa após vencer a Turquia de 2 a 1. Tal como contra a Polônia e Áustria, Wout Weghorst foi o trunfo que virou o panorama do jogo.

Ronald Koeman sorriu: “Nós estamos na semifinal da Eurocopa. Ninguém esperava isso”.

Durante muito tempo não foi assim contra a Turquia. A Holanda perdeu o controle da partida após bons quinze minutos iniciais. Nessa fase, Samet Akaydın marcou de cabeça após cobrança de escanteio, obrigado a seleção holandesa a correr atrás do prejuízo. Ronald Koeman já puxou o pé de cabra no meio de Wout Weghorst. A partida foi revertida através do oportunismo e da beligerância. Seguiram-se mais quinze minutos de sobrevivência, durante os quais a Holanda sobreviveu com mais sorte do que qualidade. Após esta partida agitada, seguiu-se o alívio e a alegria.

Perto das semifinais, a proporção assumirá novamente o controle. Cinco conclusões que a Holanda pode tirar após a partida contra a Turquia.

1. A SELEÇÃO HOLANDESA JOGOU EM VOLTA DO QUARTEIRÃO

Ronald Koeman assistiu com satisfação como a seleção holandesa controlou a partida nos primeiros quinze minutos. A Turquia não conseguiu escapar da alta pressão da seleção holandesa. Além disso, a equipe de Ronald Koeman encontrou gente livre no meio-campo nessa fase. Lá, Steven Bergwijn Xavi Simons, Jerdy Schouten e Tijjani Reijnders tentaram combinar com os quatro, assim como contra a Romênia.

Essa era a situação até Vincenzo Montella aparecer com raiva do lado de fora. O treinador italiano da Turquia fez últimas mudanças no esquema tática da Turquia. Ele mais uma vez instruiu a linha de quatro na frente de sua defesa de cinco jogadores para manter o centro fechado.

Era exatamente isso que a Turquia procurava: a Holanda fazendo passes para a lateral. Depois foi fácil mover toda a equipe nessa direção e entrar em duelos. Especialmente no lado direito, os holandeses muitas vezes escolheram a solução mais fácil em detrimento da melhor solução. Não ajudou o fato de Steven Bergwijn e Jerdy Schouten também terem a tendência de procurar a bola fora da multidão, o que deixou a seleção holandesa com poucos jogadores no centro para controlar o meio-campo. Então o jogo se tornou previsível.

2. A TURQUIA EVITOU HABILMENTE A PRESSÃO DA HOLANDA

A seleção holandesa pensou cuidadosamente em como pressionar a defesa de três homens da Turquia. Memphis Depay teve que jogar com alguém mais perto. Pela lateral, Cody Gakpo e Steven Bergwijn tiveram que correr na diagonal em direção aos zagueiros externos. Atrás dele, Virgil van Dijk teve que se comunicar bem como os meio-campistas para pegar Arda Güler. Isso funcionou muito bem nos primeiros quinze minutos de jogo. Até a Turquia perceber que a pressão da Holanda poderia ser evitada de forma mais inteligente.

Aos quinze minutos, a Turquia já não tentava encontrar soluções com passes curtos. Em vez disso, o espaço foi procurado em profundidade. Isso aconteceu principalmente no lado direito, onde o lateral turco, Mert Müldür frequentemente se encontrava em um duelo dois contra um com Nathan Aké. Embora a Turquia normalmente não conseguisse alcançá-lo sob a pressão da seleção holandesa, o jogo direto criou um cenário de jogo diferente. Se a seleção holandesa venceu, aconteceu muito mais perto do seu próprio gol. Portanto, a Turquia tinha muitas pessoas atrás da bola. O jogo posicional da seleção holandesa foi insuficiente para encontrar soluções nessas situações.

3. WOUT WEGHORST ERA UM PÁRA-RAIOS DOURADO

A meio do jogo, Ronald Koeman optou por uma mudança que tornou mais provável a procura precoce das equipes. Com Wout Weghorst no comando do ataque, a seleção holandesa conseguiu fazer a guerra nos dezesseis.

“É claro o que acontece quando eu entro. Eles não precisam mais me dizer, eu sei que qual o objetivo. Pressão total, um contra um na defesa, vencer os duelos de cabeça” disse Wout Weghorst.

Foi exatamente isso que Wout Weghorst fez contra a Turquia. Graças ao trabalho do seu carrasco, a seleção holandesa voltou a lutar.

Para o empate de Stefan de Vrij, Wout Weghorst fez o bloqueio que deu tanta liberdade ao seu companheiro. Ele também ganhou o escanteio que deu origem ao gol, aparecendo no segundo poste após cruzamento de Memphis Depay. Wout Weghorst também foi o para-raios de ouro da seleção holandesa com o segundo gol. Ele pegou uma bola que caía com o peito e tirou Ferdi Kadıoğlu da posição. Essa foi a razão pela qual Denzel Dumfries conseguiu ficar totalmente livre. Isso resultado em um gol confuso por meio dos deslizamentos de Cody Gakpo e Mert Müldür.

4. CABEÇAS EXTRAS COMPENSAM NAS CURVAS

Os dois primeiros gols deste craque surgiram de lances de bola paradas. Com a Turquia largando na frente, Denzel Dumfries esteve fora de jogo tarde demais e Samet Akaydın aproveitou a vantagem para finalizar de cabeça. A Holanda respondeu com uma bela variação no segundo tempo. Memphis Depay cobrou escanteio curto, na direção de Jerdy Schouten. O jogador do PSV respondeu imediatamente, dando total liberdade para Memphis Depay fazer um bom cruzamento. Encontrou a cabeça de Stefan de Vrij, que se beneficiou de um bloqueio de Wout Weghorst.

Foi surpreendente que a Holanda tenha enviado mais finalizações de cabeça na segunda parte do que contra a Romênia, quando treze escanteios não resultaram em gol. Na primeira metade das oitavas de final, a seleção holandesa teve quatro líderes nas dezesseis. Após o reinício, eram cinco. Na partida contra a Turquia, o último homem, Denzel Dumfries, foi enviado para frente. Se tornou o sexto jogador ofensivo, ao lado de Wout Weghorst, Stefan de Vrij, Nathan Aké, Virgil van Dijk e Cody Gakpo. Desta forma foram alcançados resultados.

5. A HOLANDA CAIU NO CAOS

A parte final da seleção holandesa pode ser vista de diversas maneiras. Ronald Koeman e Bart Verbruggen estavam com o copo meio cheio. Enquanto o treinador destacou que foi bom que a sua equipe tenha mostrado raça naquele momento, o goleiro se mostrou satisfeito pelo fato de a seleção holandesa ter cerca de seis goleiros. Ele se referia aos zagueiros que se lançaram diante das finalizações como se suas vidas dependessem disso. Na sua própria área, a defesa da seleção holandesa mostrou de fato porque é que os jogadores dessa linha estão jogando nos maiores clubes do mundo.

Com um olhar de copo meio vazio, podemos concluir que a seleção holandesa caiu no caos. Onde foram prometidas melhorias depois da Áustria no que diz respeito à recepção das defesas dos adversários, isto era agora mais uma vez um grande problema. A única diferença foi que a Turquia não puniu e desta vez Ronald Koeman interveio rapidamente do banco, trazendo Jeremie Frimpong.

Apesar do resultado positivo, a seleção holandesa terá que aprender com essa última fase rumo à semifinal contra a Inglaterra. A equipe de Gareth Southgate escapou da eliminação nos últimos dois jogos graças ao setor ofensivos. Outra resposta a tal tática de debandada não parece causar nenhum dano. A Turquia teve muito espaço para introduzir bolas nas laterais e aumentar a pressão sobre a meta holandesa. O fato de a Holanda ter permanecido de pé foi mais mérito da retaguarda e do goleiro do que a cooperação coordenada como equipe.

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