A temporada regular da Keuken Kampioen Divisie está muito perto do seu final e a briga pelo acesso direto para a Eredivisie está cada vez mais disputado. Enrique Peña está muito ansioso para disputar essa reta final de temporada. Vale ressaltar que ele é um dos destaques do Roda JC Kerkrade e graças ao seu bom desempenho, foi convocado para a seleção da Venezuela.
Você percebe que a tensão está aumentando?
“Está aumentando sim. Todo mundo fica um pouco mais focado e passa um pouco mais de tempo treinando, porque todo mundo sabe que isso é muito importante agora. Mas estamos cheios de confiança, porque estamos fazendo uma temporada muito estável. Houve um período com vários empates, mas na verdade continuamos na mesma linha durante toda a temporada e agora temos que continuar assim nos próximos jogos. Nós temos um elenco que tem muita energia, que sofre poucos gols e sempre consegue fazer gols. Isso nos torna um time muito difícil de ser batido”
Você achava que o Roda JC Kerkrade iria brigar por uma das vagas para subir quando assinou com o clube no começo desta temporada?
“Não. Meu contrato com o Eintracht Braunschweig terminou e eu queria sair de lá, pois eu não jogava muito e o tipo de futebol do Eintracht Braunschweig não me agradava. Eu também queria deixar a Alemanha por esse motivo. A Bundesliga é de altíssimo nível, mas na segunda e terceira divisão é um jogo muito mais físico do que técnico, enquanto eu prefiro o futebol mais técnico”
“Alguns amigos meus disseram que eu deveria olhar para a Holanda e então surgiu a oportunidade de vim para o Roda JC Kerkrade. Para mim, inicialmente foi uma escolha olhando muito mais para a possibilidade de jogar com maior frequência em uma competição que privilegia a parte técnica, porque sinceramente não sabia exatamente o que poderia esperar da Keuken Kampioen Divisie e pelo que poderíamos competir. Mas depois de três jogos eu pensava: realmente temos um bom time e se continuarmos assim podemos vencer muitos jogos”
Você já marcou onze gols. Essa é a sua melhor temporada em relação a gols?
“No nível profissional, sim. Sempre fui um jogador com boa capacidade de marcar gols, também acho que esse é um dos meus pontos fortes. Com os pontas, muitas vezes você vê que um jogador dá mais assistência do que gols, para mim sempre foi o contrário. Onze gols é definitivamente um bom número, mas ainda faltam quatro jogos e ainda não terminei de marcar gols. Só no final da temporada poderei dizer se estou satisfeito ou não”
Qual é a sensação de ser um jogador convocado com frequência para defender a sua seleção?
“Irreal, na verdade. Eu nasci na Alemanha, mas meu pai é venezuelano e meu vínculo com aquele país é muito forte. Eu estive lá muitas vezes quando criança, tenho muitos familiares morando lá e me sinto muito venezuelano. Mais Peña do que Zauner, na verdade. A partida em março foi uma experiência incrível para mim. Claro que foi uma pena não ter reservado nenhum minuto, mas com o primeiro convite meu sonho já havia se tornado realidade. Agora, este foi o primeiro passo. Espero que haja mais convocações e que eu possa realmente fazer minha estreia na próxima partida oficial da Venezuela”
Existe maior chance de isso acontecer se você jogar na Eredivisie?
“Claro que sim. O treinador da Venezuela disse que só tenho que mostrar as minhas qualidades e que a porta estará sempre aberta, mas a probabilidade de ser convocado é maior se jogar em uma competição mais competitiva. Então é isso que estou buscando. O Roda JC Kerkrade incluiu uma opção de renovação automática por mais uma temporada, e estou feliz com isso, porque quero ficar aqui mais tempo. Meu foco agora é ser promovido e espero poder mostrar a melhor versão de mim mesmo no mais alto nível na próxima temporada”